A economia do país era basicamente agrícola. Os “coronéis”
empregavam trabalhadores em suas fazendas e lhes pagavam salários miseráveis.
Criou-se um sistema em que os coronéis “ajudavam” os
trabalhadores ao mesmo tempo em que exploravam sua força de trabalho. Emprestar
dinheiro, oferecer auxílio na educação dos filhos e socorro em caso de doença,
por exemplo, eram maneiras de controlar os trabalhadores e criar uma rede de
dependência pessoal mantida pelo coronel local.
Os principais empregos e cargos públicos dependiam da
influência dos coronéis. Por isso, pessoas de diferentes origens e profissões
tentavam se aproximar dos coronéis em busca de favores, o que caracteriza o clientelismo.
Em troca desses favores, os coronéis exigiam que votassem
nos candidatos de seu partido. Quem se negasse a votar perdia seus favores e
sofriam com a violência dos jagunços que trabalhavam para os coronéis.
Os jagunços deviam controlar o voto dos eleitores, que
naquela época era aberto. Essa prática de votar sob pressão ficou conhecida
como voto de cabresto. Além disso
era comum haver fraudes nas eleições visando garantir a vitória dos candidatos
ligados aos coronéis.
Oligarquias
O coronel mais importante em cada município ou região
aliava-se a fazendeiros de outros municípios ou regiões para eleger o
governador do estado, mantendo o poder político nas mãos do mesmo grupo.
Desta forma, os grandes fazendeiros montavam redes de
transmissão de poder. Essas redes foram chamadas de oligarquias.
No nordeste os coronéis tinham poder até para criar seus
próprios exércitos.
Política do café com leite. O primeiro presidente civil da
República foi Prudente de Morais (1894 – 1898), sucedido pelo fazendeiro
paulista Campos Sales, que ficou até 1913.
Alianças e fraudes eram os métodos utilizados pelas
oligarquias. Em São Paulo e Minas Gerais, eles se organizaram em dois partidos:
o PRP (Partido Republicano Paulista), ligado as fazendas de café e o RPM
(Partido Republicano Mineiro), ligados aos produtores de leite. Essa aliança
dominou boa parte da vida política do país e por isso ganhou o nome de república do café com leite.
Café e Poder
O café liderou os produtos brasileiros de exportação durante
toda a Primeira República, representando 50% do total de vendas ao exterior.
No final do
século XX o consumo de café amplio-se em todo o Ocidente, o que levou a
cafeicultura a se expandir para atender o mercado. Essa expansão possibilitou o
desenvolvimento de São Paulo e Santos e a chegada dos trabalhadores
provenientes de outros países, os
imigrantes.
O Brasil foi um dos maiores destinos dos imigrantes europeus
e asiáticos, seduzidos pela propaganda do governo brasileiro. Mais de 3,5
milhões de imigrantes de diferentes países vieram para o Brasil, sendo São
Paulo a cidade que mais recebeu imigrantes, cerca de 57% do total.
A imigração por longo tempo desencadeou mudanças,
principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país, transformando a alimentação,
moradias e rotina de trabalho.
Muitos fazendeiros começaram a construir suas residências
nas cidades, para ficar mais perto de onde o café era comercializado. Esses
novos moradores se juntaram ao grande numero de trabalhadores.
Para atender a tanta gente, ampliaram-se os transportes
urbanos, a pavimentação das ruas, a iluminação e expandir as estradas de ferro.
Entusiasmados com os lucros, os cafeicultores aumentaram
suas plantações, a ponto de o total de café produzido se maior que o consumido.
Isso levou a uma crise, pois os preços caíram e havia estoques imensos que não
eram vendidos.
Convênio de Taubaté
Para tentar resolver a crise os fazendeiros se reuniram e
fizeram um acordo que ficou conhecido como Convênio
de Taubaté. Nesse acordo os fazendeiros propuseram que todo o café
excedente fosse comprado pelo governo federal e estocado para ser vendido
posteriormente, quando o preço se normalizassem.
ADOREI O TEXTO ME AJUDOU MUITO NO MEU TRABALHO DE ESCOLA
ResponderExcluirNOSSA EU TAMBEM
Excluirmuito bom ;) me ajudou muitoo
ResponderExcluirAs dicas foram muito úteis para o meu trabalho de História. Obrigado!
ResponderExcluirParabénsao Autor, achei muiti detalhado o artigo.
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