quarta-feira, 25 de julho de 2012

Descoberta arqueológica feita na Grécia pode pôr em causa a “História da Escrita”
Publicado Segunda-feira, 23 de Julho de 2012 | Por: Jornal de Arqueologia

Em 1993 o Professor George Hourmouziadis e a sua equipa exumaram a designada “Tablet Dispilio” (também conhecida como Disco Dispilio)  num assentamento do Neolítico existente perto da Dispilio, vila moderna junto do  lago Kastoria. 

Tablet Dispilio”- Foto: macedoniaontheweb.com





A  “Tablet Dispilio” trata-se de uma tábua de madeira , com marcas de escrita que foram datadas por carbono 14 em 5260 a.C. Em fevereiro de 2004, aquando do anúncio da descoberta do artefacto, Hourmouziadis afirmou que as marcas de texto não podiam ser divulgadas porque, em última análise, seria alterar o contexto histórico atual que explica as origens da escrita.

As impressões da “Tablet Dispilio”, não se confundem com figuras humanas, com o sol ou com a lua, ou com outras figuras e ideogramas usualmente representados nas antigas manifestações de escrita conhecidas no Médio Oriente.  Segundo o professor de Arqueologia  Pré-Histórica da Universidade Aristóteles de Salónica, as marcas sugerem que a atual teoria que propõe que os antigos gregos receberam o seu alfabeto das civilizações do Médio Oriente (babilonios, sumérios e fenicios, etc.) não explica uma lacuna com cerca de 4.000 anos de história. Esta lacuna leva aos seguintes fatos: enquanto que as antigas civilizações orientais usavam ideogramas para se expressarem por via da escrita, os antigos gregos já utilizavam sílabas de uma maneira similar às que usamos atualmente.

A teoria histórica atualmente aceite em todo o mundo ensina-nos que os antigos gregos aprenderam a escrever por influência dos fenícios, por volta do ano de 800 a.C. No entanto, entre os estudiosos que einvestigam a questão algumas perguntas pertinentes têm vindo a surgir, tais como, por exemplo, como é possível que a língua grega, que tem cerca de 800.000 palavras, ocupe o primeiro lugar entre todas as línguas conhecidas do mundo, enquanto que o segundo idioma tem apenas 250.000 entradas de palavras? E, sobretudo, como é possível que os poemas homéricos tenham sido escritos por volta de 800 aC, que é precisamente quando se estabelece a data em que os antigos gregos aprenderam a escrever?

Seria impossível para os antigos gregos escreverem estas obras poéticas sem terem tido uma história da escrita de pelo menos 10.000 anos, defende uma nova pesquisa linguística. Ora, acontece também que a “Tablet Dispilio”, descoberta por George Hourmouziadis, é 2.000 anos mais velha do que os achados escritos da época suméria e 4.000 anos mais velha do que os tipos lineares de escrita descobertos em Creta e em Micenas.

De acordo com declarações feitas por Hourmouziadis em 1994, as impressões da “Tablet Dispilio”, não se confundem com figuras humanas, com o sol ou com a lua, ou com  outras figuras e ideogramas usualmente representados nas antigas manifestações de escrita conhecidas no Médio Oriente.

Na realidade ela apresenta sinais avançados, indicando que são o resultado de uma experiência longa  e complexa de processos cognitivos.

A tábua foi parcialmente danificada quando exposta sem proteção ao ambiente rico em oxigénio, depois de extraída do ambiente húmido ( lama e água) em que esteve submersa durante um longo período de tempo, mas promete ser o motivoo de acalorada discussão nos próximos tempos, já que se trata de um artefacto arqueológico que poderá pôr em questão a história da escrita que até agora foi ensinada à humanidade. 

Fonte: Greek Reporter

quarta-feira, 18 de julho de 2012

SOBRE A GREVE DAS FEDERAIS - PEDIDO DE APOIO

 "Transmito abaixo e-mail recebido da Professora Ana de Pellegrin da Universidade Federal de Goais, esclarecendo sobre o que está sendo divulgado na mídia sobre a greve das Universidades Federais."


Date: Sun, 15 Jul 2012 22:42:38 -0300
From: adpellegrin@uol.com.br
To: grupo_paideia-l@listas.unicamp.br
CC: br_histedbr@grupos.com.br
Subject: Re: [Paideia] Sobre a greve nas federais - pedido de apoio

caros e caras colegas dos grupos paidéia e histedbr,

muitos de nós fomos formados por estes dois grupos de pesquisa, nos titulamos e prestamos concursos públicos. realizamos o sonho de entrar em uma universidade pública como professores. no momento, enfrentamos uma greve longa e vigorosa, um movimento que abarca quase 100% dos servidores docentes e técnico-administrativos das universidades e institutos federais.

esta mensagem é um pedido de apoio para uma deliberada campanha de "contrainformação". não temos como enfrentar no mesmo nível as emissoras de tv, rádio, os semanários impressos tais como a revista veja e outros. agora, mais que nunca, precisamos que as pessoas saibam o que se passa. é preciso que as pessoas saibam, por exemplo, que não houve precipitação dos professores ao entrarem em greve, uma vez que prazos e acordos foram sucessivamente descumpridos pelo governo. precisamos explicar que o governo não nos concedeu 45% de aumento salarial. precisamos explicar porque a lógica da proposta do governo que deu origem ao movimento grevista é perversa e, no limite, jogará os professores uns contra os outros no dia a dia acadêmico (muito mais que já o fazem as agências de fomento). como emblema desta trágica situação, sugiro a todos que assistam ou reassistam o filme "o corte" (costa gavras). imaginemos o absurdo da cena: professores se matando por uma vaga de titular ou por um edital de financiamento.

voltando ao pedido de apoio, apresento de forma muito resumida as novidades da última semana: 

após o descumprimento de um acordo anteriormente firmado, após o cancelamento de reuniões de negociação por parte do governo, após as tentativas de conversa por parte dos docentes e técnico-administrativos e após as pressões do movimento grevista que não se curvou num período desfavorável como é o mês de julho, finalmente o governo apresentou uma "proposta".

"proposta" vai entre aspas porque é importante que todos saibam como isso se deu. na reunião do último dia 13, em que estiveram presentes representantes do CNG/andes, proifes e sinasefe e representantes do governo (sérgio mendonça, amaro lins, dulce tristão, entre outros), o que o governo trouxe à mesa foram tabelas de remuneração, relativas aos docentes na ativa, tanto da carreira de magistério superior, quanto de educação básica e tecnológica. não havia nenhum documento por escrito, contendo uma proposta, como anunciado. diante da solicitação dos representantes dos trabalhadores, a reunião foi interrompida por 20 minutos e os representantes do governo voltaram com a "proposta" por escrito.

estamos agora em um momento bastante delicado, analisando a "proposta" que configura-se como um apressado rascunho, repleto de armadilhas e imprecisões. para que tenham uma ideia, são inúmeras as passagens em que se lê "a partir de normas a serem expedidas pelo MEC", "a partir de diretrizes a serem estabelecidaspelo MEC"... ou seja, normas e diretrizes que não sabemos quando, como e a partir de quais critérios serão formuladas.  

no entanto, há coisas bastante claras, tal como o percentual de vagas destinado a professores titulares (20%), aqueles que de fato poderão chegar ao topo da carreira e talvez receber o aumento de 45% que vem sendo veiculado pela mídia. um outro dado bastante preciso a destacar é o aumento da carga horária mínima em sala de aula para 12 horas (que fere a própria LDB). por fim, a "proposta" nada diz sobre os servidores aposentados.

o documento ainda faz referência a um "certificado de conhecimento tecnológico" a ser emitido por um suposto conselho permanente de certificação, que representaria um recurso para que os professores ebtt pudessem acelerar a progressão na carreira.

registre-se também o fato de que o governo não apresentou nada na mesa para os servidores técnico-administrativos e não concordou com a solicitação feita pelo sinasefe para que um representante da fasubra participasse da reunião como observador.

como mencionei, estamos em momento de avaliação (em todos os coletivos de docentes do país) e de formulação de contrapropostas. mas não podemos descuidar do que entendemos como "contrainformação". estamos atuando localmente neste sentido, mas também tentando o maior alcance possível via listas de e-mails de grupos, redes sociais etc.

para obter informação sobre o histórico e a origem da greve, sugiro a "visita" ao blog do comando local de greve da ufg e a leitura do comunicado 10:
http://www.greveufg.blogspot.com.br/

anexo ainda a "proposta" do governo em pdf para quem tiver curiosidade.

em tempo: lembro que os representantes do MEC já deixaram bastante claro, nas conversações, que "concordam com muita coisa que os docentes reivindicam", mas que não é o MEC que dá a palavra final. a decisão é do MPOG ou da "alta cúpula do governo". serão aceitos apenas pequenos ajustes. há uma crise internacional em curso.

abraços esperançosos,

Ana de Pellegrin
professora da universidade federal de goiás
(formada pelo programa de pós-graduação da FE)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Karl Marx vira estampa de cartão de crédito

Ironia aconteceu na cidade de Chemnitz, na Alemanha, onde o banco Sparkasse Chemnitz criou cartões da Mastercard com o busto do teórico

  
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Cartão de crédito com a estampa de Karl Marx
 Karl Marx: filósofo alemão estampa cartão de crédito da Mastercard

O filósofo alemão Karl Marx, fundador das bases teóricas do comunismo, quem diria, virou estampa de um grande símbolo do capitalismo, o cartão de crédito.
A ironia aconteceu na cidade de Chemnitz, no centro-leste da Alemanha, onde o banco Sparkasse Chemnitz, criou um cartão cuja ilustração é um busto de Marx, construído em 1953.

A imagem foi escolhida em uma votação popular pela internet, e teve na disputa 10 importantes instalações da cidade. A mais votada estamparia o cartão de crédito, da bandeira Mastercard.

O busto de Marx venceu com 35% dos votos, à frente de castelos da Idade Média, e do escudo de um time de futebol da região.

Marx não é o único líder comunista a virar personagem de propaganda. O argentino Che Guevara, um dos principais nomes da Revolução Cubana, na década de 50, hoje estampa desde biquinis até camisetas, e sua icônica imagem, feita pelo fotógrafo Alberto Korda em 1960, chegou a ser usada - não sem grande polêmica - em uma apresentação da Mercedes-Benz no início deste ano.


 Brasileiro é eleito melhor professor do ano nos EUA

13 de julho de 2012 12h52 atualizado às 13h39

O brasileiro Alexandre Lopes foi eleito o melhor professor da Flórida. Foto: Reprodução O brasileiro Alexandre Lopes foi eleito o melhor professor da Flórida
Foto: Reprodução

O brasileiro Alexandre Lopes, 43, foi eleito o melhor professor do ano no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, por seu trabalho com crianças com necessidades especiais. Lopes dá aulas no pré-primário na cidade de Carol, próximo a Miami. As informações são do jornal Miami Herald.

Lopes venceu o prêmio na noite dessa quinta-feira, 12, em cerimônia realizada em Orlando. Ele recebeu US$ 10 mil e uma viagem para Nova York. De acordo com o jornal, ao receber a premiação o brasileiro declarou que "não havia palavras para descrever o tamanho do amor pela profissão".

Ele lidera um projeto chamado "Learning Experience: Alternative Program" (A Experiência de Aprender - Programa Alternativo, em tradução livre), conhecido como LEAP. Em seu método, ele utiliza danças e músicas para se comunicar com as crianças. Grande parte de seus alunos são autistas ou não conseguem falar.

Alexandre concorreu com mais de 180 mil professores da Flórida para ganhar o prêmio. Atualmente, o brasileiro faz doutorado em Educação Especial na Universidade Internacional da Flórida.

O internauta Flávio Duarte, do Rio de Janeiro (RJ), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: TERRA