sábado, 23 de novembro de 2013

Ditadura Militar 1964


Por: Ricardo Viana

Presidentes no Regime Militar:
      Governo Castello Branco (abril de 1964 a julho de 1967);
      Governo Costa e Silva (março de 1967 a agosto de 1969);
      Governo Médici (novembro de 1969 a março de 1974);
      Governo Geisel (março de 1974 a março de 1979);
      Governo Figueiredo (março de 1979 a março de 1985).
      
    Atos Institucionais

      O marechal Humberto de Alencar Castello Branco esteve à frente do primeiro governo militar e deu início à promulgação dos Atos Institucionais.

      Os Atos Institucionais foram decretos emitidos durante os anos após o golpe militar de 1964 no Brasil. Serviram como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra constitucionais.

      Ato Institucional nº1: Escrito em 1964. Dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por dez anos e demitir, ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que tivesse atentado contra a segurança do país, entre outras determinações.

      Ato Institucional nº2: Escrito em 1965. Instituiu eleição indireta para presidente da República, dissolveu todos os partidos políticos, reabriu o processo de punição aos adversários do regime, estabeleceu que o presidente poderia decretar estado de sítio por 180 dias sem consultar o Congresso, entre outras determinações.

       Ato Institucional nº3: Escrito em 1966. Estabelecia eleições indiretas para governador e vice-governador e que os prefeitos das capitais seriam indicados pelos governadores, com aprovação das assembleias legislativas. Estabeleceu o calendário eleitoral, entre outras determinações.

      Ato Institucional nº5: Escrito em 1968. Este ato incluía a proibição de manifestações de natureza política, além de vetar o “habeas corpus” para crimes contra a segurança nacional. Concedia ao Presidente da Republica enormes poderes, tais como fechar o Congresso Nacional, cassar mandatos parlamentares.
      




Serviço Nacional de Informações (SNI) 

      Foi criado em 13 de junho de 1964, pela lei n° 4.341. O SNI foi idealizado pelo General Golbery do Couto e Silva, quando trabalhava no Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES).

      A instituição foi criada com a responsabilidade de fiscalizar e coordenar as informações e contrainformações em atividades e distribuídas em território brasileiro e em países no exterior.

      O SNI estabelecia uma ligação direta com as entidades federais, estaduais e municipais, além da colaboração de instituições privadas. O SNI possuía em seus arquivos informações sigilosas e dossiês de cidadãos brasileiros e estrangeiros referentes a assuntos de segurança e interesse de Estado.
     
Deops

      Criada em 1924, com a função de assegurar e disciplinar a ordem no país, a Delegacia de Ordem Política e Social.

      À Delegacia de Ordem Política e Social cabia fiscalizar o fabrico, a importação, a exportação, o comércio, o emprego ou o uso de matérias explosivas; fiscalizar a entrada e permanência de estrangeiros; instaurar, avocar, prosseguir e ultimar inquéritos relativos a fatos de sua competência; proceder ao registro de jornais, revistas e empresas de publicidade em geral; inspecionar hotéis, pensões e semelhantes; fiscalizar aeroportos, estações ferroviárias e rodovias; proceder investigações sobre pessoas suspeitas, lugares onde se presuma qualquer alteração ou atentado contra a ordem política e social; organizar, diariamente, boletins de informações de todos os serviços executados nas últimas 24 horas; e finalmente, identificar e fichar os indivíduos suspeitos por crimes e contravenções atentatórias à ordem política e social, organizados em fichário apropriado, “de modo a facilitar os trabalhados estatísticos de seu movimento e toda e qualquer investigação”







     
    “Milagre econômico"

      Obtido por meio da captação de enormes recursos e de financiamentos externos.
      Todos esses recursos foram investidos em infra-estrutura: estradas, portos, hidrelétricas, rodovias e ferrovias expandiram-se e serviram como base de sustentação do vigoroso crescimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) chegou a crescer 12% ao ano e milhões de empregos foram gerados.
      a longo prazo o país acumulou uma dívida externa cujo pagamento (somente dos juros) bloqueou a capacidade de investimento do Estado.
     
   Partidos

       Os militares acreditavam que o sistema multipartidário era um dos fatores responsáveis pelas crises políticas.
      Foram instituídos dois partidos legalizados:
      Aliança Renovadora Nacional (Arena), que agrupava os partidos do governo,
      e o Movimento Democrático Nacional (MDB), que reunia a oposição permitida.
     
    Resistência


      Como os partidos políticos eram limitados e não se aceitava a oposição aberta ao regime, muitos opositores e políticos de esquerda se uniram e criaram grupos que realizavam ações armadas para enfraquecer o regime militar.

      Aliança de Libertação Nacional (ALN),
      Movimento Revolucionário de 8 de Outubro (MR-8)
      Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), sendo este último grupo formado majoritariamente por militares de esquerda.
      UNE (União Nacional dos Estudantes)
      membros da Igreja Católica contrários à ditadura, como Hélder Câmara
      Ao término do mandato de Geisel, a sociedade brasileira tinha sofrido muitas transformações.

      Em 1978, o presidente revogou o AI-5 e restaurou o habeas corpus.





      Figueiredo acelerou o processo de liberalização política e o grande marco foi a aprovação da Lei de Anistia, que permitiu o retorno ao país de milhares de exilados políticos e concedeu perdão para aqueles que cometeram crimes políticos.

      A anistia foi mútua, ou seja, a lei também livrou da justiça os militares envolvidos em ações repressivas que provocaram torturas, mortes e o desaparecimento de cidadãos.

      O governo também enfrentou a resistência de militares radicais, que não aceitavam o fim da ditadura. Essa resistência tomou a forma de atos terroristas. Cartas-bombas eram deixadas em bancas de jornal, editoras e entidades da sociedade civil (Igreja Católica, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, entre outras).

      
    Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheu o deputado como novo presidente da República. Tancredo derrotou o deputado Paulo Maluf. Tancredo Neves, no entanto, adoeceu e morreu. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente José Sarney.

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