Por Ricardo Viana
Praticamente em todos os conceitos e pré-conceitos existente sobre determinado assunto está repleto de concepções equivocadas e que ao longo do tempo foram sendo vistas como corretas ou como modelos perfeitos a serem seguidos. A família é um desses conceitos e vem passando por um processo de mudanças significativas. Maria Rita Kehl em seu texto: “Em defesa da família tentacular” articula de forma primorosa a visão que a sociedade, principalmente os meios de comunicação, propaga e persegue da família dita “perfeita” que na verdade é produto de uma ilusão, pois esse modelo nunca teria existido efetivamente.
Praticamente em todos os conceitos e pré-conceitos existente sobre determinado assunto está repleto de concepções equivocadas e que ao longo do tempo foram sendo vistas como corretas ou como modelos perfeitos a serem seguidos. A família é um desses conceitos e vem passando por um processo de mudanças significativas. Maria Rita Kehl em seu texto: “Em defesa da família tentacular” articula de forma primorosa a visão que a sociedade, principalmente os meios de comunicação, propaga e persegue da família dita “perfeita” que na verdade é produto de uma ilusão, pois esse modelo nunca teria existido efetivamente.
Aquele modelo tradicional, pai, mãe e filhos, já não é unanimidade,
sobretudo nas famílias brasileiras. Hoje vemos uma quantidade grande de
crianças sendo criadas por avós, mães e pais solteiros ou desquitados,
separados, criados pelos irmãos ou tios, além dos casais homossexuais que
recentemente tiveram a concessão para adotar filhos. Acreditar que essa
diversidade de modelos caracteriza a “desestruturação familiar” e que seriam
então responsáveis pela degradação social das crianças de hoje é no mínimo
“relativa” levando em consideração as transformações e mudanças que também
ocorrem em outros segmentos da sociedade brasileira atual, tais como a
degradação do espaço público, dos conceitos religiosos e estruturais,
econômicos e tecnológicos e etc.
Todo esse panorama vem de encontro a uma necessidade da sociedade e
principalmente da escola de enxergar a família com “outros olhos”, não mais com
pré-conceitos, não mais com aquele olhar ora de pena, ora jogando toda a culpa
da conduta errada do aluno nela. É preciso ter os vários modelos de famílias
como parceiras no processo de educação. Se a escola conseguir a aproximação dos
familiares dos alunos, seja ele irmão, tio, avô e ou qualquer um dos
responsáveis, terá dado um grande passo para a efetivação de uma educação mais
democrática e de qualidade.
Tentar a aproximação dessas famílias ao ambiente escolar pode ser
conseguido com a abertura da escola para projetos sociais, palestras
educativas, oficinas e outros que valorizem a participação desses na sociedade
e no acompanhamento dos alunos, fazendo-os sentirem-se acolhidos e respeitados.
As reuniões devem ser, não só para mostrá-los que o aluno precisa melhorar, mas
também para posicioná-los das qualidades e potencialidades que os filhos deles
têm, precisando apenas de estímulos e incentivos. Desta forma as famílias se
conscientizarão que fazem parte da educação escolar de seus filhos, não como
responsáveis únicos desta, mas como parceiros dos professores e da escola nesse
processo.
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