terça-feira, 25 de junho de 2013

Amala e Kamala, as meninas-lobo

Amala e Kamala, as meninas-lobo
Não é por acaso que Rudyard Kipling tenha escrito o "Livro das Selvas", que conta a história do menino lobo Mogli. Kipling nasceu em Bombaim, Índia, onde o caso de meninos lobos eram abundantes, tanto que em 1920 descobriram duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos.

A primeira tinha um ano e meio e morreu um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. As duas meninas não tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante à dos irmãos lobos.


Elas eram incapazes de permanecer em pé, somente engatinhavam, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos mais longos.
Só comiam carne crua ou podre, comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça para a frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram acolhidas, passavam o dia acabrunhado e prostrado num canto onde o sol não alcançava; eram ativas e faziam muito barulho durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Não sabiam chorar nem rir.

Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se lentamente. Foram necessários oito anos para que a menina aprendesse a andar e pouco antes de morrer tinha um vocabulário de somente 50 palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos.

Ela chorou pela primeira vez por ocasião da morte da irmã Amala e a partir daí começou a se apegar, mesmo que de forma lenta, às pessoas que cuidavam dela.

Kamala era rudimentarmente inteligente e isto permitiu-lhe aprender a comunicação por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário básico, aprendendo a executar pedidos simples.

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