Tenentismo
Foi um movimento político-militar que, pela luta
armada, pretendia reformar a política. Lutavam pela moralização pública e o fim
da corrupção eleitoral, pela economia nacional e não estrangeira e uma educação
pública gratuita e obrigatória para todos os brasileiros.
Um dos maiores problemas combatidos pelos Tenentes era
a corrupção política e a ação dos chamados “Coronéis” que dominavam regiões
várias regiões brasileiras através da força e obrigava as pessoas a votarem em
candidatos da sua preferencia. Situação essa que ficou conhecido como “Voto de Cabresto”.
Os
Dezoito do Forte: - Trezentos militares que trabalhavam no
forte de Copacabana, liderados pelos tenentes, revoltaram-se e tentaram impedir
que o então eleito Artur Bernardes tomasse posse da presidência em 1922.
Tropas fiéis ao governo cercaram o forte e a maiorias
dos tenentes se entregaram. Porém, 17 deles e um civil saíram para as ruas num
combate corpo a corpo. Desse confronto, apenas os tenentes Eduardo Gomes e
Siqueira Campos escaparam com vida.
Revoltas
de 1924 (ocorridas em SP e RG do sul): - Liderados pelo
general Isidoro Dias, os revoltosos (tenentes que lutavam contra as oligarquias
políticas) ocuparam a capital paulista durante 23 dias. Os combates provocaram
500 mortes e milhares de fugitivos que deixaram a cidade que havia sido
bombardeada.
A
Coluna Prestes
Mil homens fugidos dos conflitos em São Paulo
juntaram-se a outros grupos que haviam lutado no sul do país e resolveram se
dirigir ao interior do Brasil e buscar apoio da população. As tropas passaram a
ser chamada de Coluna Prestes, pois eram liderados por Luis Carlos Prestes e
Miguel Costa.
O governo perseguia constantemente as tropas lideradas
por Prestes. Durante dois anos a coluna percorreu 24 mil quilômetros e não
obteve apoio da população brasileira. Então a coluna se dispersou em 1926, com
Prestes indo para a Bolívia e posteriormente para a União Soviética, voltando
ao Brasil mais tarde na tentativa de um levante comunista.
Intentona Comunista
A Intentona Comunista também conhecida
como Revolta Vermelha de 35 ou Levante Comunista, foi uma tentativa de golpe
contra o governo de Getúlio Vargas. Foi liderada pelo Partido Comunista
Brasileiro em nome da Aliança Nacional Libertadora, ocorreu em novembro de
1935, e foi rapidamente combatida pelas Forças de Segurança Nacional.
Entusiasmados pela composição política
europeia pós-primeira guerra mundial, na qual duas frentes disputavam espaço
(Fascismo e Comunismo) surgiram dois movimentos políticos no Brasil com estas
mesmas características.
Em 1932, sob o comando do político
paulista Plínio Salgado foi fundada a Ação Integralista Nacional, de cunho
fascista. De extrema direita, os integralistas combatiam com fervor o
comunismo.
Paralelamente à campanha Integralista,
o Partido Comunista Brasileiro (PCB) impulsionou a fundação da Aliança Nacional
Libertadora, um movimento político radicalmente contrário à Ação Integralista
Nacional.
A ANL, criada em 1935, defendia os
ideais comunistas e suas propostas iam além daquelas defendidas pelo PCB, como:
- O não pagamento da dívida externa;
- A nacionalização das empresas estrangeiras;
- O combate ao fascismo;
- A reforma agrária;
No dia 5 de julho de 1935, data em que
se celebravam os levantes Tenentistas, Luís Carlos Prestes lançou um manifesto
de apoio à ANL, no qual incentivava uma revolução contra o governo. Este foi o
estopim para que Getúlio Vargas decretasse a ilegalidade do movimento, além de
mandar prender seus líderes.
Com o decreto de Getúlio Vargas, o
plano de fazer uma revolução foi colocado em prática.
A ação foi planejada dentro dos
quartéis e os militares simpatizantes ao movimento comunista deram início às
rebeliões em novembro de 1935, em Natal, no Rio Grande do Norte, aonde os
revolucionários chegaram a tomar o poder durante três dias. Em seguida se
alastrou para o Maranhão, Recife e por último para o Rio de Janeiro, no dia 27.
Entretanto, os revolucionários falharam
com relação à organização. As revoltas ocorreram em datas diferentes, o que
facilitou as ações do governo para dominar a situação e frustrar o movimento.
A partir desse episódio, Vargas
decretou estado de sítio e deu início a uma forte repressão aos envolvidos na
Intentona Comunista. Luís Carlos Prestes foi preso, bem como vários líderes
sindicais, militares e intelectuais também foram presos ou tiveram seus
direitos cassados.
A ANL não conseguiu concretizar seus planos
e a Intentona Comunista não desestabilizou o governo de Getúlio Vargas. O
incidente comunista acabou sendo usado como desculpa, pois na época, o governo
plantou a denúncia de um plano comunista - Plano Cohen - que ameaçava a ordem
institucional, permitindo o golpe que originou o Estado Novo, em 1937.
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