Geraldo Alckmin anunciou aumento salarial escalonado de 42,2% até o fim de seu mandato, em 2014
Foto: Simone Sartori
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Simone Sartori
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na manhã desta quarta-feira um aumento salarial escalonado de 42,2% para professores até o fim de seu mandato, em 2014. Já neste ano, a partir de 1º de julho, o reajuste sobre o salário base será de 13,8% para o magistério, ou seja, passará de R$ 1.665 para R$ 1.894.
Em 2012 o aumento será de 10,2% sobre o salário base, que passará para R$ 2.088. Já no ano seguinte, o acréscimo prometido é de 6%, para R$ 2.213. Por último, os professores do Estado devem ganhar reajuste de 7% em 2014, com piso de R$ 2.368. O custo para os cofres do governo em 2011 será de R$ 824 milhões.
A medida beneficiará 225 mil professores ativos, e outros 149 mil inativos (professores aposentados e pensionistas). Além do aumento para o magistério, também foi anunciado reajuste médio de 32% para o quadro de apoio, também escalonados até 2014. O governo do Estado anunciou ainda a criação de 10 mil vagas de agentes de organização escolar, que, segundo o governador, servirão para liberar o diretor da escola para o trabalho pedagógico.
Essas vagas serão preenchidas após a realização de concurso público, e, segundo Alckmin, a convocação será imediata. Além disso, serão abertas outras 5.260 vagas de gerentes de organização escolar que serão preenchidas com funcionários que já fazem parte do quadro. O governo anunciou que as gratificações estão incorporadas no aumento até 2012, quando o benefício será encerrado. O plano de política salarial será encaminhado para Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que terá aprovar os aumentos.
De acordo com o governador, esta política salarial vai ao encontro da política de governo de valorização do ensino no Estado de São Paulo. "Estamos fazendo o primeiro movimento de valorização da escola pública para dar um salto de qualidade, começando pelo professor", afirmou. Também participou do anúncio o Secretário de Educação do Estado, Herman Voorwald. Também estavam presentes o Secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini, o Secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, o presidente do diretório estadual do PSDB, Pedro Tobias, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS), além de professores e dirigentes de ensino.
A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Izabel Azevedo Noronha, considerou "positivo" o escalonamento do aumento salarial para a rede pública de ensino, apesar de a reivindicação da categoria ser de 36,75% para o ano, referente a reposição salarial desde 1998.
"No geral, não vejo a medida como negativa. A ação do governo já acena para alguma coisa, mas há alguns pontos que ainda precisam ser discutidos", disse Maria Izabel, citando a aplicação da medida na jornada de trabalho e a vigência da data base para o reajuste.
"A nossa data base é 1º de março, e o governo anunciou o reajuste a partir de 1º de julho. Então, seria interessante a retroatividade. Além disso, queremos entender se outras gratificações serão incorporadas", disse.
A Apeoesp volta a destacar a iniciativa, porém, questiona a nomenclatura dada pelo governo as vagas de gerentes de organização escolar que serão criadas - 10 mil no total. "A nomenclatura de gerente não comporta; o ensino não funciona como uma empresa", disse.
Para discutir as medidas anunciadas pelo governo paulista, a Apeoesp informou que um conselho estadual formado por representantes das escolas se reunirá na próxima sexta-feira, em São Paulo.
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OBS. 13,8% + 10.2% + 6% + 7% = 37% (cadê os outros 5,2% para chegar aos 42,2%?????)
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