quinta-feira, 16 de junho de 2011

MITOLOGIA UNIVERSAL

MITO

s.m. (Do gr. mythos, palavra expressa, discurso, fábula, pelo b. lat. mythus.) 1. Relato ou narrativa de origem remota e significação simbólica, que tem como personagens deuses, seres  sobrenaturais,  fantasmas  coletivos,  etc.  2.  Narrativa  de  tempos  fabulosos  ou heróicos; lenda.

MITOLOGIA



s.f. (Do gr. mythologia.) 1. Estudo sistemático dos mitos. 2. Conjunto de mitos de uma determinada cultura transmitido pela tradição (oral ou escrita).
 
Presentes em todas as culturas, os Mitos situam-se entre a Razão e a Fé, mas são considerados sagrados. Os principais tipos de mito referem-se à origem dos deuses, do mundo e ao fim das coisas. Distinguem-se mitos que contam o nascimento dos deuses (Teogonia), mitos que contam a criação do mundo (Cosmogonia), mitos que explicam o destino do homem após a morte (Escatologia) e outros. Segundo alguns especialistas, os mitos encarnam fenômenos fundamentais  da  vida:  o  Amor,  a  Morte,  o  Tempo,  etc.,  e  certos  fenômenos,  como  as Florestas, as Tempestades, têm sempre um mesmo valor simbólico, seja qual for a civilização considerada.
 

 MITOS TEOGÔNICOS




Em muitas mitologias, delineiam-se hierarquias de deuses, cada uma com um ou mais deuses supremos.  A  supremacia  pode  ser  partilhada pelos  membros  de  um  casal,  ou  ser  atribuída simultaneamente a dois ou três deuses distintos. Pode  também  variar  com  o  tempo,  segundo circunstâncias  históricas,  como  por  exemplo  o domínio  de  um  povo  sobre  outro  ou  o predomínio  de  determinados  interesses  e atividades (de tipo agrícola, guerreiro etc.). São freqüentes  os  relatos  de  deuses  supremos,  por vezes identificados como criadores originais do mundo, que a seguir ficam inativos e deixam o governo a cargo de outro deus ou deuses. Em tais casos,  a  supremacia  significa  perfeição, autonomia,  onipotência  (relativa),  mas não unicidade,  como  é  o  caso  nas  religiões  monoteístas.  Na  Mitologia  Grega,  segundo  a apresentação de Homero, Zeus é o "pai dos deuses e dos homens". Essa expressão não significa que ele seja um deus criador, mas sim representante da figura do patriarca familiar. Os três grandes deuses escandinavos que ocupavam posição superior no grande templo de Uppsala eram Odin, Thor e Frey. Segundo o historiador das religiões Georges Dumézil, eles representavam as três funções da sociedade indo-européia: autoridade, poder e fecundidade. Odin era o deus da suprema autoridade cósmica, pai universal, rei dos deuses e senhor do Valhalla (a morada final dos guerreiros mortos em combate). Thor era o deus guerreiro e do trovão, correspondente ao deus védico Indra. É representado como um gigante de barba ruiva, e os mitos narram seus festejos pela vitória sobre as forças do caos. Durante o período das migrações  e  do  florescimento  dos  viquingues  (entre  o século  IX  e  XI  da  era  cristã, aproximadamente), em que predominava o ideal guerreiro, a primazia sobre os deuses era atribuída a Thor. Frey era o deus da fecundidade, representado com um falo de proporções exageradas. Governava a chuva e o brilho do sol e, conseqüentemente, o crescimento das plantas e as colheitas. No panteão hinduísta, há uma entidade divina tríplice - a Trimurti - formada pelos deuses Brahma, Vishnu e Shiva, criador, conservador e destruidor do universo, respectivamente. Em certos aspectos, Brahma é um deus personificado; em outros, é um princípio impessoal e infinito. Vishnu é o deus social por excelência e destruidor daqueles que ameaçam a boa ordem, enquanto Shiva representa a selvageria indomada. O interesse pelas próprias origens motivou a formação de mitos sobre os grandes ancestrais dos povos ou fundadores da sociedade. Na Mitologia Asteca, Huitzilopochtli conduziu seu povo até o lago Texcoco, onde se fundou a Cidade do México. A inimizade entre Tezcatlipoca e Quetzalcóatl representa a luta entre o povo asteca e o tolteca, e, quando este foi derrotado, o deus dos vencidos passou a figurar em lugar preeminente do panteão asteca. A tendência a incorporar os deuses dos povos conquistados é comum entre os povos politeístas. 


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