História e Luz

"A única revolução possível é dentro de nós". Mahatma Gandhi

sábado, 30 de março de 2013

Segunda Guerra Mundial: Japão desafia Estados Unidos




Surpreendente ataque à base naval de Pearl Harbor, no Hawaii, sede da frota americana no Pacífico, leva definitivamente os EUA a entrarem na Segunda Guerra Mundial Foto: Getty Images
Surpreendente ataque à base naval de Pearl Harbor, no Hawaii, sede da frota americana no Pacífico, leva definitivamente os EUA a entrarem na Segunda Guerra Mundial
Foto: Getty Images

  • Voltaire Schilling
Até dezembro de 1941, podemos dizer que a Segunda Guerra Mundial era um conflito entre nações europeias. Mas, a partir de então, vai se generalizar pelas extensas regiões da Ásia. O Japão, aliado da Alemanha desde 1937, já estava envolvido com a China. Divididos entre as forças do Koumitang, liderado por Chiang Kai-shek, e do Partido Comunista, de Mao Tse-Tung, os chineses tinham dificuldades em formar uma aliança para combater o invasor.
Isso permitiu aos japoneses ocupar quase que um sexto do território, incluindo as populosas cidades do nordeste do país, como Pequim. Quando a França foi invadida pelos alemães, em junho de 1940, aproveitaram-se da debilidade do velho Império Colonial para apropriar-se de suas colônias. A Indochina francesa foi ocupada.

Internamente, a opinião pública era favorável à manutenção do isolacionismo. Os Estados Unidos não deveriam entrar na guerra. Poderosos movimentos de direita se organizaram a favor da política do não envolvimento. Pode-se dizer que somente Roosevelt e seus assessores sabiam que a participação americana no conflito era inevitável. A coesão nacional em torno do governo surgiu quando os japoneses realizaram o surpreendente ataque à base naval de Pearl Harbor, no Hawaii, sede da frota americana no Pacífico. Assim, o dia 7 de dezembro coloca os Estados Unidos diretamente na guerra.
A expansão japonesa é vista com temeridade pelos Estados Unidos. Roosevelt trata de bloquear de todas as maneiras seu crescimento militar e econômico. Seu primeiro passo foi anular os acordos comerciais que mantinha com o império do Sol Nascente. Inicia o embargo de petróleo e de matérias-primas minerais fundamentais para a indústria de guerra japonesa, além de congelar os créditos que o Japão possuía nos Estados Unidos. No campo diplomático, iniciam-se conversões para obter a evacuação dos nipônicos da China e da Indochina - que fracassaram. O estado de guerra tornava-se latente.
Dois dias depois, Roosevelt lê mensagem de guerra
"O verdadeiro objetivo que buscamos situa-se muito acima e além do feio campo de batalha. Quando recorremos à força, como o fazemos agora, estamos resolvidos a que essa força seja dirigida para o bem último, assim como contra o mal imediato. Nós, americanos, não somos destruidores - somos construtores.
Estamos agora no meio de uma guerra, não de conquistas, não de vingança, mas por um mundo no qual esta nação, e tudo quanto esta nação representa, seja preservado para os nossos filhos. Esperamos eliminar o perigo do Japão, mas isto de pouco nos servirá se, conseguindo-o, verificarmos que o resto do mundo está dominado por Hitler e Mussolini.
Vamos vencer a guerra e vamos conquistar a paz que se seguirá. E nas horas escuras deste dia - e através dos dias sombrios que talvez ainda venham -, saberemos que a vasta maioria dos membros da raça humana está do nosso lado. Muitos deles estão lutando conosco. Todos eles estão orando por nós. Pois, representando nossa causa, representamos também a deles - nossa esperança e sua esperança pela liberdade sob Deus."
A expansão japonesa: Ásia e Oceania (1941 - 1942)
O ataque a Pearl Harbor não foi uma operação isolada do alto comando estratégico japonês, mas parte de uma operação mais vasta, que compreendia ataques simultâneos a colônias inglesas, holandesas e americanas. O objetivo desta ofensiva relâmpago era sedimentar posições defensivas para, posteriormente, travar uma guerra de desgaste com Estados Unidos e Grã-Bretanha. Os japoneses sabiam perfeitamente do extraordinário potencial militar que os EUA poderiam mobilizar. Destruindo a esquadra no Pacífico em um ataque surpresa, esperavam ganhar tempo para fixar-se numa área cujo raio fosse o maior possível.
Em janeiro de 1942, lançam a operação de conquista das Filipinas (EUA) e das Índias Holandesas (Indonésia cai sob seu controle em março de 1942). Outra força-tarefa japonesa ocupa Singapura, na Malásia, em fevereiro do mesmo ano. A cidade de Hong-Kong é ocupada em dezembro, enquanto a Birmânia rende-se em abril.
A ofensiva japonesa lhes propicia o controle sobre 95% dos seringais produtores de látex, 90% do quinino, e 70% da produção de arroz e estanho, assim como petróleo, bauxita e cromo, todos fundamentais para sustentar a máquina de guerra. Isso dava ao Japão uma surpreendente capacidade de resistência quando os Estados Unidos iniciam a contraofensiva no segundo semestre de 1942.
REGIÕES CONQUISTADAS PELO JAPÃO
PAÍSESÁREA (EM KM²)POPULAÇÃO (EM MILHÕES)
Birmânia677.95031
China1.500.000237
Coreia220.73552
Filipinas297.37045
Indonésia1.094.345140
Malásia330.40012
Indochina510.80060
TOTAL4.631.000577

Especial para Terra

Postado por Ricardo Viana às sábado, março 30, 2013
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar: Postar comentários (Atom)

LINKS

  • Espaço da Lucy
  • Espirito e Luz

Seguidores

Arquivo do blog

  • ►  2018 (2)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2017 (2)
    • ►  novembro (1)
    • ►  setembro (1)
  • ►  2016 (4)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2015 (3)
    • ►  novembro (1)
    • ►  agosto (1)
    • ►  março (1)
  • ►  2014 (9)
    • ►  setembro (2)
    • ►  junho (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  fevereiro (4)
    • ►  janeiro (1)
  • ▼  2013 (19)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (2)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (2)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (3)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ▼  março (2)
      • Segunda Guerra Mundial: Japão desafia Estados Unidos
      • REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
    • ►  fevereiro (2)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2012 (28)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (5)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (4)
    • ►  maio (3)
    • ►  março (5)
    • ►  fevereiro (2)
    • ►  janeiro (3)
  • ►  2011 (85)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (5)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (3)
    • ►  agosto (7)
    • ►  julho (5)
    • ►  junho (9)
    • ►  maio (20)
    • ►  abril (8)
    • ►  março (9)
    • ►  fevereiro (10)
    • ►  janeiro (4)

Quem sou eu

Minha foto
Ricardo Viana
Professor de História
Ver meu perfil completo

Total de visualizações de página

RICARDO VIANA. Tema Janela de imagem. Tecnologia do Blogger.