Até dezembro de 1941, podemos dizer que a Segunda Guerra Mundial era um conflito entre nações europeias. Mas, a partir de então, vai se generalizar pelas extensas regiões da Ásia. O Japão, aliado da Alemanha desde 1937, já estava envolvido com a China. Divididos entre as forças do Koumitang, liderado por Chiang Kai-shek, e do Partido Comunista, de Mao Tse-Tung, os chineses tinham dificuldades em formar uma aliança para combater o invasor.
Isso permitiu aos japoneses ocupar quase que um sexto do território, incluindo as populosas cidades do nordeste do país, como Pequim. Quando a França foi invadida pelos alemães, em junho de 1940, aproveitaram-se da debilidade do velho Império Colonial para apropriar-se de suas colônias. A Indochina francesa foi ocupada.
Internamente, a opinião pública era favorável à manutenção do isolacionismo. Os Estados Unidos não deveriam entrar na guerra. Poderosos movimentos de direita se organizaram a favor da política do não envolvimento. Pode-se dizer que somente Roosevelt e seus assessores sabiam que a participação americana no conflito era inevitável. A coesão nacional em torno do governo surgiu quando os japoneses realizaram o surpreendente ataque à base naval de Pearl Harbor, no Hawaii, sede da frota americana no Pacífico. Assim, o dia 7 de dezembro coloca os Estados Unidos diretamente na guerra.A expansão japonesa é vista com temeridade pelos Estados Unidos. Roosevelt trata de bloquear de todas as maneiras seu crescimento militar e econômico. Seu primeiro passo foi anular os acordos comerciais que mantinha com o império do Sol Nascente. Inicia o embargo de petróleo e de matérias-primas minerais fundamentais para a indústria de guerra japonesa, além de congelar os créditos que o Japão possuía nos Estados Unidos. No campo diplomático, iniciam-se conversões para obter a evacuação dos nipônicos da China e da Indochina - que fracassaram. O estado de guerra tornava-se latente.
"O verdadeiro objetivo que buscamos situa-se muito acima e além do feio campo de batalha. Quando recorremos à força, como o fazemos agora, estamos resolvidos a que essa força seja dirigida para o bem último, assim como contra o mal imediato. Nós, americanos, não somos destruidores - somos construtores.
Estamos agora no meio de uma guerra, não de conquistas, não de vingança, mas por um mundo no qual esta nação, e tudo quanto esta nação representa, seja preservado para os nossos filhos. Esperamos eliminar o perigo do Japão, mas isto de pouco nos servirá se, conseguindo-o, verificarmos que o resto do mundo está dominado por Hitler e Mussolini.
Vamos vencer a guerra e vamos conquistar a paz que se seguirá. E nas horas escuras deste dia - e através dos dias sombrios que talvez ainda venham -, saberemos que a vasta maioria dos membros da raça humana está do nosso lado. Muitos deles estão lutando conosco. Todos eles estão orando por nós. Pois, representando nossa causa, representamos também a deles - nossa esperança e sua esperança pela liberdade sob Deus."
A expansão japonesa: Ásia e Oceania (1941 - 1942)
O ataque a Pearl Harbor não foi uma operação isolada do alto comando estratégico japonês, mas parte de uma operação mais vasta, que compreendia ataques simultâneos a colônias inglesas, holandesas e americanas. O objetivo desta ofensiva relâmpago era sedimentar posições defensivas para, posteriormente, travar uma guerra de desgaste com Estados Unidos e Grã-Bretanha. Os japoneses sabiam perfeitamente do extraordinário potencial militar que os EUA poderiam mobilizar. Destruindo a esquadra no Pacífico em um ataque surpresa, esperavam ganhar tempo para fixar-se numa área cujo raio fosse o maior possível.
O ataque a Pearl Harbor não foi uma operação isolada do alto comando estratégico japonês, mas parte de uma operação mais vasta, que compreendia ataques simultâneos a colônias inglesas, holandesas e americanas. O objetivo desta ofensiva relâmpago era sedimentar posições defensivas para, posteriormente, travar uma guerra de desgaste com Estados Unidos e Grã-Bretanha. Os japoneses sabiam perfeitamente do extraordinário potencial militar que os EUA poderiam mobilizar. Destruindo a esquadra no Pacífico em um ataque surpresa, esperavam ganhar tempo para fixar-se numa área cujo raio fosse o maior possível.
Em janeiro de 1942, lançam a operação de conquista das Filipinas (EUA) e das Índias Holandesas (Indonésia cai sob seu controle em março de 1942). Outra força-tarefa japonesa ocupa Singapura, na Malásia, em fevereiro do mesmo ano. A cidade de Hong-Kong é ocupada em dezembro, enquanto a Birmânia rende-se em abril.
A ofensiva japonesa lhes propicia o controle sobre 95% dos seringais produtores de látex, 90% do quinino, e 70% da produção de arroz e estanho, assim como petróleo, bauxita e cromo, todos fundamentais para sustentar a máquina de guerra. Isso dava ao Japão uma surpreendente capacidade de resistência quando os Estados Unidos iniciam a contraofensiva no segundo semestre de 1942.
PAÍSES | ÁREA (EM KM²) | POPULAÇÃO (EM MILHÕES) |
Birmânia | 677.950 | 31 |
China | 1.500.000 | 237 |
Coreia | 220.735 | 52 |
Filipinas | 297.370 | 45 |
Indonésia | 1.094.345 | 140 |
Malásia | 330.400 | 12 |
Indochina | 510.800 | 60 |
TOTAL | 4.631.000 | 577 |
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